quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Please, me deixa ser mulher em paz!



            Houve um tempo em que a mulher não podia nem votar. Hoje é uma maravilha!! Nós podemos dirigir, trabalhar fora, colocar os filhos na creche (sem culpa!), falar para o marido ou namorado que não curte futebol, escolher o destino das férias da família, chorar porque estamos na TPM e muito mais. Basicamente, nós podemos QUASE tudo!
            Com tanta valorização do sexo feminino, é inadmissível que um site, como o Ego, traga a seguinte matéria “Maria Fernanda Candido curte praia e exibe celulites”. Deixa ver se eu entendi: a mulher é linda, paga as próprias contas e ainda é mãe de dois filhos. Qual o problema se ela tem 1, 2 ou 3 celulites? Isso (nos) desabona de que maneira?
            Sou de longe a mulher que mais teve namorados na vida. Mas decididamente não me lembro de nenhum que tenha falado algo do tipo “O problema não é você, Pri. Mas as suas celulites.. sabe, não pega bem!!”  É claro (ih.. na luz elas ficam mais aparentes! rs) que gostaria sim, de ter a bunda  lisinha.. tal como a da  Barbie. Também “passo” a estria na minha barriga, herança da minha gravidez.  Bonito, não é...
            Mas posso falar? Sou casada a quase 10 anos, tenho uma filha de 4, ainda adotei 03 gatos, sou uma ótima filha, mãe presente e amiga dedicada. Ter algumas celulites e uma famigerada estria na barriga só provam que sim, eu vivo no mundo real!

Na foto: Barbie, modelo Basic. Não é de verdade e nem tem celulite!

O link para a matéria: \http://ego.globo.com/famosos/noticia/2011/11/maria-fernanda-candido-curte-praia-com-familia.html

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Para ficar melhor...



         Quando alguém comentar que teve uma enxaqueca “daquelas”, a não ser que você já tenha vivido este tipo situação, é permitido falar “Imagino”. Do contrário, minha sugestão é só lamentar pelo “ocorrido”. Ter enxaqueca é como parir. Só quem já passou por esta experiência inesquecível, sabe como as coisas se desenrolam naquele momento. Pretendo que o ranking pare por aqui, mas tive uma das piores enxaquecas da minha vida, no mês passado. Eu pensei que fosse morrer! Seria muito triste deixar a minha família! Mas se partir para outro mundo significasse o fim daquela dor terrível, vou te falar, até que não seria tão ruim assim!

    
       Passado o susto, lá fui eu ao neurologista “sedenta” por um remedinho que acabasse com o meu martírio!   As perspectivas eram boas. O caminho era um antidepressivo que atendia pelo nome de Pamelor. Sim, ele tinha efeitos colaterais: AUMENTO do apetite ( e consequentemente.. de peso!) e perda de memória. A primeira mudança veio no café da manha, almoço e jantar. Basicamente, eu queria COMER! A memória.. bem.. Fred me falava algo na sala e, quando chegávamos no quarto eu pensava: “o que mesmo Fred falou?!” 


     A segunda tentativa atendeu pelo nome de Topamax e parecia o céu na terra. O efeito colateral? perda de peso (humm.. curti!), fala enrolada e sensação de vazio. Na primeira vez que tomei, fiquei com.. a fala enrolada, com uma sensação de vazio e boba.. muito boba! Por minha conta, risco e sem QUALQUER apoio do meu marido, decidi abandonar os remédios. Fechei a boca, caí na malhação e vou tirar alguns dias de férias. Sem marido, sem filha e sem topamax! 


Na foto: Exposição de Andy Warhol em Nova York

 

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Objeto do meu afeto




  
            Herdei das minhas avós o  gosto pelas panelas, tabuleiros e afins. Quando eu tinha por volta dos 9/10 anos, fiz meu primeiro bolo de laranja. Sozinha! Na casa de vovó Amélia, era assim; ela ia para cozinha e preparava VÁRIAS sobremesas para o fim de semana. Quando ela acordava inspirada e, felizmente, isso acontecia com freqüência, fazia bolinhos de chuva para o café da manhã!
            Eu torcia para que alguém casasse, fizesse aniversário ou qualquer outro tipo de comemoração, porque tinha certeza que vovó Amélia seria a responsável por todos os docinhos da festa! Dá para ter noção disto? Docinho de nozes, brigadeiro e outras delícias (literalmente) ao alcance das minhas mãos?! E a cereja do bolo vem agora:  eu fui uma criança magra... dessas que a mãe enche de “estimulador de apetite”. Definitivamente, foi a minha época de ouro! rs
            Neste fim de semana fui para a cozinha e preparei três receitas que vão deixar minha avó cheia de orgulho: cupcakes recheados de doce de leite e com cobertura de brigadeiro, cookies de chocolate e um bolo de banana. 
            Isto tudo porque eu cismei que, na minha próxima viagem, vou realizar o meu desejo e comprar uma batedeira KitchenAid vermelha! O objeto da meu afeto  pesa 12 quilos (isso mesmo!), é um verdadeiro trambolho e sim, vai me dar um trabalhão para trazer. Mas quem liga para isso? Não existe “almoço grátis”. Nem quando se trata de batedeiras!

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Qual é o segredo, Jemima?

        


    Cigarros, bebida, remédio para dormir. Meu vício passa longe de qualquer destes Top 3! Curto mesmo é uma revista. Não tenho vergonha de falar (e ler) Caras, Contigo, Época, Marie Claire e Exame. Sou apaixonada pela Lola, Vogue (Brasil e USA) e InStyle. A Vogue brasileira deste mês traz a seguinte chamada de capa “A receita de quem já fez de tudo para curar o pânico de voar”. Se eu “precisava” de um motivo para comprar a revista, não poderia ter qualquer outro melhor!!

            Esqueça aquele conceito glamouroso de que vou “todos os anos” a Nova York. Vou sim; mas Deus, meu marido e meu amigo Marcio (que é psiquiatra) sabem como chego lá! Eu morro de medo viajar de avião!! A possibilidade de existir uma receita para lidar com este pânico, me encheu de esperança.

            Mas a coisa não fluiu como eu esperava. A “receita”, na verdade, era um artigo assinado pela inglesa Jemima Khan. Para quem não sabe, Jemima  é embaixadora da Unicef, ex namorada de Hugh Grant, best friend de Kate Moss e rica, MUITO rica.
O fato é que tanto Jemima quanto a Vogue me enganaram. O artigo relatava, apenas, uma experiência dela com simuladores de vôo em um aeroporto da Inglaterra .Eu continuo com medo, mas pelo menos li que a meia-calça cor da pele voltou com força total e ainda faturei a Vogue Kids!
           



Na foto: Jemima Khan
Lola- http://lolamag.abril.com.br/
Vogue Brasil- http://vogue.globo.com/
Vogue USA-  http://www.vogue.com/
InStyle- http://www.instyle.com/instyle/

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Apenas um detalhe





                Minha melhor amiga vai se casar. Quando ela me contou como seria o vestido, fiquei encantada. Um pequeno detalhe vai fazer TODA a diferença. Coisa simples e delicada. Como são as melhores coisas na vida. Não é que, este simples acessório me fez refletir?! Quantas vezes por dia sou o detalhe que faz a diferença?!
Será que somos (ou ficamos) tão ocupados que a educação, a gentileza e elegância ficaram em segundo plano? E aquele aborrecimento que nos fez pensar em um monte de bobagem. Vale a pena mesmo insistir nele por mais de 5 minutos? Creio que não. Lembro pouco das coisas que me deixaram triste. Mas guardo com todo carinho as que me fizeram rolar de rir.  E adoro recordá-las.
Se tem uma coisa em que devemos investir, esta "moeda" é o amor! Gostar, amar, querer, sentir. Isto nunca é demais. De dar e receber amor, eu nunca me arrependi. Foi bom para quem recebeu e melhor ainda para quem soube dar (amor..) mas também quem quiser dar algo mais, fique muito a vontade, viu?
Não sei se é a proximidade de mais uma (coleção) primavera, verão, outono, inverno na minha vida, mas a beira dos 35 anos, tenho que confessar! Só vou deixar ficar no “armário da minha vida” o amor do meu marido, a delícia que é beijar a minha filha, o carinho dos meus amigos, a felicidade de ter meus pais e uma família de avós, tias, madrinha e afilhados. Todo resto que não me serviu, prometo a vocês.. vai para liquidação. E viva o desapego do que não me pertence!

Na foto: Vestido da coleção primavera verão da H&M






           

domingo, 31 de julho de 2011

Os Kennedys e eu

                                                                   
               
          
            Não lembro o mês, mas o ano era 1998. Eu trabalhava como “hostess” em um restaurante badalado de Nova York. Apesar das minhas negativas, uma cliente insistia por uma mesa para 4 lugares. Foi então que ela decidiu falar em português e eu descobri que a minha cliente era Sonia Bridi, então correspondente da TV Globo em Nova York. 

            É lógico que descolei a mesa que ela tanto queria. Em retribuição, ganhei uma visita ao escritório da Globo em Nova York, e um estágio de 2 meses para o ano seguinte. Quando o estagio começou, outra surpresa: Sonia estava no escritório de Pequim. A nova correspondente era Ana Paula Padrão, o qual eu era fã incondicional!

            Os estagiários não precisavam trabalhar aos sábados, mas como eu sabia que seria o plantão da Ana Paula, pedi insistentemente para trabalhar. A editora garantiu que eu iria mofar sem ter o que fazer, mas aceitou. Quando cheguei naquele sábado, o escritório estava bombando. O helicóptero que John John Kennedy , sua esposa e sua cunhada viajavam havia caído no mar. Minha missão era ir com a Ana Paula até o prédio onde John John morava.  De quebra, ainda acompanhei o funeral com a Heloisa Villela.


            Nesta semana, minha filha completou 04 anos. Vou esperar ela ficar um pouquinho mais velha para contar que a mãe dela foi a um funeral da família Kennedy, assistiu a um show de Amy Winehouse e sempre teve amigos fieis. Mal posso esperar... vai ser bom demais!
           

           
            Na foto: Toda a elegância de Jackie Kennedy Onassis no melhor estilo “não fui feliz, mas tive maridos ricos e poderosos”.


 

sexta-feira, 22 de julho de 2011

O mundo dança

 
           

         Pois é. Mudei de casa. Ganhei uma varanda maior, uma mesa na cozinha e um bairro inteirinho para explorar. Já me adaptei e me desapeguei completamente! Das roupas (e olha que foram muitas..), sapatos, bolsas, objetos, móveis e brinquedos.

            Combinei comigo mesmo que a mudança deve estar em mim! Comecei pelas roupas. E acabei “escorregando” na combinação que escolhi para trabalhar.Coisa simples: um blazer caqui e uma saia verde. Já no trabalho, dei uma olhada no espelho do banheiro do trabalho e não tive dúvidas; Eu parecia uma guarda florestal. Minha impressão era de que, a qualquer momento, o Zé Colméia pintaria por lá!

            Ainda não atingi o “nível” de conhecer restaurantes novos, mas já consegui pedir um prato diferente dos que eu peço SEMPRE nos MESMOS lugares! Um avanço e tanto!

            A sensação que eu tenho é a mesma de quando o caminhão de mudanças descarregou “quase toda” a minha vida material em caixas de papelão, no apartamento novo. Eu não vou conseguir arrumar tudo!! Hoje, penso diferente. Sem pressa e atropelos, vou incorporando novos hábitos, estilos e lugares. Tudo no ritmo em que posso mudar!



Na foto: Vitrine da loja Barney`s New York (foto de Frederico Azevedo)

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Desventuras de uma mãe em festa

    

        
          Não pensem que é fácil ser uma mãe “pouca prática”. Admiro quem escolhe uma empresa para fazer TODA a festa de aniversário dos filhos, encomenda os docinhos e ainda por cima contrata alguém para fazer aquelas lembrancinhas bárbaras. Definitivamente esta mãe não sou eu!

            No primeiro aniversário da minha filha, tive uma ideia brilhante. Fazer uma festa julina! Encomendei uma ilustração para a fabulosa Jana Magalhães, que utilizei para o convite e também para estampar a camiseta que dei como brinde. Eu “só” precisei comprar camisas brancas de DIVERSOS tamanhos, fazer o silk e, ainda por cima, calcular que poderia ter convidados a mais!

                        Aí veio o segundo aniversário. Por que não dar um kit de pintura como lembrancinha?! Simples, né? Mas eu resolvi fazer um “pouquinho” diferente e IMENSAMENTE trabalhoso. Pedi aos pais que mandassem fotos dos pimpolhos, Cada criança recebeu um baldinho com a sua própria foto, junto com a da aniversariante.

                        Até que no ano passado fui bem razoável. Montei um kit com moldes de madeira, tinta guache e quebra-cabeça. O problema é que, até chegar a esta combinação, quase deixei a vendedora da loja maluca! Era um tal da pobrezinha subir e descer as escadas da loja com maletinhas coloridas...

            Falta bem pouco para a comemoração deste ano. Já tive algumas idéias. Lógico que nenhuma delas é simples ou de fácil execução! Depois conto o resultado! Aproveito para agradecer a minha querida amiga Cyntia Dias que sempre acredita e executa com perfeição as minhas idéias mais malucas!!


Na foto: Valentina Azevedo e a Princesa Aurora

Para saber mais sobre Jana Magalhães, acesse: www.janamagalhaes.com


Erro interno



            Outro dia passei por um terminal de computador que mostrava a seguinte mensagem “erro interno”. Taí! Vez ou outra o mesmo acontece comigo!! Eu também apresento uns erros internos!
            O último, por exemplo, ocorreu na fila da Tok &Stok. Eu tinha sete minutos para pagar a conta e pegar a mercadoria no depósito da loja, que fica na garagem, antes que o mesmo fechasse. Quando a caixa falou “Próximo cliente”, esperei para saber quem o seria. Então ela repetiu: “Próximo”. Como ninguém se mexia, lá fui eu. Não demorou dois minutos para uma mulher se manifestar “Um absurdo quem fura fila”. Nem respondi, pois na minha feliz consciência a reclamação não era pra mim!
            Sou educada, amigável, sociável e extremamente simpática com estranhos (com amigos então nem se fala!). Não sei se é a maturidade que está me “soltando mais”, quer seja pela educação (que é o melhor dos mundos e funciona quase 99,9% das vezes) ou pela situação (aqueles casos em que você precisa elevar “um pouquinho” o tom da voz e indagar; “Como assim as cortinas não ficaram prontas a tempo?!” ).
            Mudando, aprendendo, crescendo e (por quê não?) sofrendo. Mas sendo eu mesma! Nas 24 horas do dia!
           

           
Foto 1:  Hugh Grant provando que a maturidade fez um bem danado a ele.

Foto 2: Catedral de Saint Patrick (para entender, leia o post  “Saint Patrick, rogai por nós”).

sábado, 2 de julho de 2011

Acidente fashion



            A ideia foi exclusivamente minha. E a culpa também! Antes de embarcar no vôo de Orlando para Nova York, eu “precisava” comprar a Vogue e, de quebra, um livro e canetinhas para entreter Valentina.

            Cinto de segurança afivelado e meu pânico de avião ”bombando”, era hora de conferir quem ocupava a poltrona ao lado da minha. Meu companheiro de viagem  era um japonês que assistia a um filme no ipad. Anotem aí; espiar o ipad dos outros, fingindo que não está olhando, é o novo “ler o jornal do passageiro ao lado”, como acontecia nos ônibus.

            Passado algum tempo de vôo e com Valentina dormindo, eu nem disfarcei mais. Como o filme era bom! Discreto, o japonês fingia que não estava notando a minha intromissão e muito menos que eu assistia ao filme sem som!

            Então lembrei de ler a  Vogue. Aconteceu que, no espaço apertado do avião, a revista caiu no meu pé esquerdo, provocando um ferimento que não parava de sangrar. Tudo isso, é claro, a não sei quantos pés de altitude!

            Aí foi a vez do meu companheiro de viagem me observar. Assustado, ele tentava entender como eu havia me ferido com a Vogue USA! Por sorte, achei um guardanapo na minha bolsa. Enrolei-o no meu dedo machucado e, finalmente, comecei a ler a revista.

            Na semana passada, minha manicure “descobriu” o ferimento. Quando expliquei como havia me ferido, ela comentou. “Nossa! Que revista assassina, hein?!”.
           
           
Na foto: Revista Vogue USA- edição de julho de 2011




quarta-feira, 29 de junho de 2011

Sílvia, a bailarina


            Sempre chego um pouco antes do horário marcado, para buscar a minha filha no ballet. As aulas acontecem na escola. Enquanto a minha bailarina não chega, divirto-me observando as outras, que esperam ansiosamente pela aula. De todas as meninas, uma desperta a minha atenção. Nesta semana descobri, o seu nome: Sílvia.

            Cabelos curtos em um tom de loiro que nem o mais estrelado tinturista conseguiria reproduzir, óculos de aros vermelho que conseguem ser tão delicado como ela e o indefectível arco no cabelo. Sílvia é fashion e radiante!

            A pequena bailarina esta sempre rodeada de amigas. E dança, arrisca uns passos de ballet e pula corda ao som de “Qual a letra do seu namorado”. Não demora muito até que apareça alguém para lhe dar um beijo ou um abraço bem apertado.

            Não resisti e comentei com a inspetora da escola o quanto achava Sílvia uma graça de menina. “E ela ainda é fashion com esses cabelos curtinhos”, afirmei. A inspetora sorriu e me confidenciou. “Sílvia tinha os cabelos longos e com cachos até os meios das costas. Ela teve leucemia, fez quimioterapia e perdeu todos os cabelos. Felizmente está completamente curada”. Torço muito para que a bailarina Sílvia nunca pare de dançar!

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Saint Patrick.. rogai por nós!!


Eu juro que tentei escrever no meu amado blog em Nova York. “Dez dias e com um ipad (que dei de presente de casamento adiantado) para o meu marido.. vai ser molinho”.  Mas aquela cidade não me deixa em paz!! É por isso que, quando contabilizei a 12ª visita a Big Apple, parei de contar quantas vezes já estive por lá.
Aquele dia tinha sido especialmente maravilhoso. Fiz TODA a programação que uma mãe pode fazer com uma filha no Central Park. Andamos de bicicleta- taxi, fomos na Zara, comemos pizza e depois.. bem a mamãe não é de ferro, né? Valentina devidamente entregue a vovó, esta que vos escreve foi dar uma voltinha na Quinta Avenida.
Olhei vitrines, entrei e saí de lojas, experimentei algumas peças na  H&M e decidi voltar para casa. Ainda sem bem saber o motivo, parei em frente a Catedral de Saint Patrick e fiquei observando a sua beleza. Aproveitei para tirar umas fotos. Pensei assim: “Um dia posso precisar de uma imagem para um texto do “Prefiroasrosas” em agradecimento a algo”.
No caminho para o apartamento, sabe se lá o porquê, mas resolvi colocar a mão na minha orelha direita. Foi então que me dei conta: Tinha perdido o meu brinco de ouro! Lindo!! Refiz todo o caminho olhando para o chão, voltei na H&M e nada!
Quando estava dobrando a esquina de casa, lembrei que também tinha experimentado algumas roupas na Zara. Felizmente eu havia guardado a nota fiscal, o qual constava o telefone da loja. Depois de uma breve explicação ao vendedor, ouvi a frase que me encheu de alegria: “Sim, nós achamos o seu brinco!”
Que nunca nos falte fé, intuiçao, esperança e.. bons vestidos nas vitrines!

 Ps: Como ainda não tive tempo de descarregar as fotos que estão na minha máquina, tomei a "liberdade" de escolher esta ilustrar este post.



terça-feira, 7 de junho de 2011

Magical Day


Eu comecei a desconfiar que estava com hábitos de, digamos, pessoas mais "maduras", quando passei a achar "normal" ir ao clube e até mesmo almoçar por lá. Sempre aos domingos. Guardei isso comigo mesmo, mas aí um dia meu marido comentou "Pri, como a comida do clube é gostosa, né?". Senti um alivio imenso!! Ao menos eu nao estava neste "barco" sozinha.

Com Orlando foi a mesma coisa. A primeira vez que fui a Disney, achei a coisa mais sem graça do mundo. Aquela "obrigaçao" de se divertir diariamente em um parque.. realmente nao curti! Mas aí minha filha nasceu e como amo viajar, logo afivelei os cintos de segurança e pegamos a estrada. Ou melhor; o avião!

Esta é a minha quarta viagem a Orlando e a terceira com Valentina, que está no auge de seus 3 anos e 10 meses de vida. Ela acredita em princesas, fadas e bruxas. Quando vi toda aquela felicidade naquele olhar, não consegui resistir. Meus olhos se encheram de lágrimas! Orlando passou a ser mágico pra mim.


Na foto: Apresentaçao de "A Bela e a Fera" no Disney Hollywood Studios

Mrs Azevedo


Você planeja uma viagem durante meses, reserva o hotel que já ficou e amou, mas aí um engano lhe faz ficar horas naquele lobby elegante do Grand Beach hotel de Miami.
Eu tinha reserva, mas não o quarto. Mas não me dei o "direito" de stress. Afinal de contas, se eu me irritar por que o " hotel em Miami" cancelou a minha reserva, quando acontecer algo serio... Vou fazer o que?

Foi quando eu conheci Matthew. Esta criatura ouviu toda a minha estória em inglês. E depois de tudo resolvido, indagou. Mrs. Azevedo, a senhora é brasileira? Confirmei e ele foi adiante... Eu tambem!!
Desta vez tive certeza. Miami é igual a legging. Se não souber usar, melhor evitar!!

Na foto: Hotel Delano em Miami

terça-feira, 31 de maio de 2011

Paixão




            Acontece o seguinte: quando veja uma peça de roupa, sapato ou bolsa, que tenha coração me apaixono no mesmo instante. Aí quando vi aquelas sapatilhas da Mr Cat  “toda trabalhada” nos corações, não resisti.

            Meu plano era simples. Tomar café da manhã no shopping, comprar a sapatilha e, de quebra, levar a minha pequena para brincar no parquinho. Mas na hora de adquirir meu “objeto do desejo”, resolvi dar uma “olhadinha” em outro sapato. Na hora de pagar, a surpresa: meu cartão tinha ido embora. Com outra cliente!

            Até o mistério ser desvendado, apelei para o que aprendi nas aulas de yoga (inspira e solta pelo nariz) e não perdi o equilíbrio e nem a paciência. É claro que estar na minha semana hormonal “útil” ajudou bastante.

            Eram 11 horas da manhã e eu já havia comprado um sapato, meu cartão tinha ido passear no Jardim Botânico com uma desconhecida e havia descoberto que o  bistrô escolhido para o meu desjejum só servia o café da manhã completo “por encomenda”. Não dei nem espaço para pensamentos do tipo “Hoje não é o meu dia”. Mas só por precaução, garanti uma barra de chocolate Lindt ao leite para a despensa da cozinha.

            A quem interessar possa, assisti a “Se beber não case parte II”. Sim, o primeiro é melhor, mas este também garante boas risadas. Minha única dúvida foi a seguinte: onde estive nos últimos anos que nunca reparei o quanto Bradley Cooper é lindo?!


Na foto 1: Bradley Cooper

Na foto 2: Coleção da Mr. Cat para o Dia dos Namorados

Trailer oficial  de “Se beber não case II”
http://www.youtube.com/watch?v=BXNYbXbCco8&feature=related



sábado, 28 de maio de 2011

Intervalo


Não, eu não curto musicais! Pode ser filme, peça e até mesmo os da Broadway, que geralmente são mega produções. Quando os atores começam a cantar até para “tomar água”... realmente não curto.
Mas aí o meu marido veio com a estória do “já que”. Ah Pri; já que nós vamos para Nova York, a gente bem poderia assistir a “American Idiot” musical, que conta a estória do Green Day!”. Eu fui, né? Ainda tive a brilhante ideia de assistir a “Addams Family” também. Enquanto o primeiro musical (com uma gritaria, gente nascendo, morrendo e indo para a guerra) durou só(!) uma hora e meia, o segundo (ideia minha!) teve intervalo!
A verdade é que o primeiro ato já tinha sido suficiente pra mim. Ameacei partir,  mas os meus acompanhantes acharam um “absurdo” e falaram que eu poderia ir embora. SOZINHA!! Pensei que ás vezes tudo que precisávamos era de um “intervalo”. No dia-a-dia, na rotina e até mesmo (por quê não?!) em alguns relacionamentos. Depois que o intervalo acaba, o espetáculo retorna. E, na maioria das vezes, ainda mais surpreendente.
Resolvi dar mais “uma chance” aos musicais e assisti a “Fuerza Bruta”. Dá para imaginar uma trilha sonora estonteante, mulheres nadando em uma piscina sob as nossas cabeças e atores maravilhosos interagindo com a plateia? O espetáculo é isso e MUITO mais! Dá para ser diferente e MELHOR!
Mês que vem estarei em Nova York. Já garanti os meus ingressos para “Fuerza Bruta” again. E com intervalo!

Na foto: Cena de “Fuerza Bruta”
Para saber mais: http://www.youtube.com/watch?v=taBAtxasWto




sexta-feira, 27 de maio de 2011

Cá entre nós

      

         Embora tenho pedido insistentemente para a minha mãe, só fui ganhar um irmão quando tinha 13 anos. Até aí, já tinha espalhado a minha vontade de ter um com outras pessoas. Felizmente, muitas me acompanham até hoje.

            Um dia, o meu desejo de dividir as minhas estórias de vida ultrapassou a vontade e passou a ser NECESSIDADE. Foi então que nasceu o “Prefiro as rosas”. E hoje, olha só, ele está fazendo um mês. Nestes 30 dias de textos, tive a oportunidade de conhecer, ouvir e me aproximar de várias pessoas. Coisa que eu adoro!

            Os textos são como eu. E me fazem um bem enorme! Um dia estou eufórica, outros no “mais ou menos”. Nos dias em que estou na TPM, me contenho para não escrever um novelão mexicano.

            O que posso mais falar, a não ser agradecer?! Em uma época em que o tempo é valioso, saber que várias pessoas o usam para ler o meu blog me deixa muito feliz! Sigamos em frente! Mas não sem antes compartilhar uma das frases mais lindas que já ouvi, da pessoa mais linda que já conheci: “Mamãe, ser feliz é uma belezura, né?!”.


Na foto: O indescritível cupcake da Magnolia Bakery
www.magnoliabakery.com 


           

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Run Baby Run

 
          
           Praticar exercícios físicos nunca foi “o forte” da minha família. Tirando andar de bicicleta, não tenho lembrança alguma do meu pai ou da minha mãe se exercitando. Na infância cheguei a fazer aulas de jazz, mas a minha (falta de) coordenação motora não permitiu que eu continuasse.

            Tive uma fase pesada de malhação, mas aí engravidei e parei com tudo. Há mais ou menos um ano, descobri a corrida. E me apaixonei. Eu estava me preparando para começar a correr maratonas, quando lesionei o menisco.  

            O médico não me deu muitas alternativas, a não ser operar! A outra opção era investir PESADO na musculação e na fisioterapia. E é o que eu tenho feito. Passado três meses do “incidente” e depois de muito insistir com a minha fisioterapeuta, hoje voltei a esteira
.
            Quando comecei a caminhar (bem devagarzinho), os meus olhos se encheram de lágrimas. E boa parte da minha vida se passou naquele minuto. Pensei em como fazemos “mimimis” e criamos casos porque a unha quebrou, o metrô atrasou ou queríamos comer algo “diferente”. Eu quero correr, mas ainda não posso. Quantas pessoas podem, mas ainda não querem! Pensei também na minha amiga Tici que, privada dos movimentos aqui na terra, foi caminhar nas nuvens lá do céu.

            Passados 15 minutos de treino, conclui que meu joelho AINDA não está pronto para caminhar. Mas vou continuar tentando! De resto, lembrei de uma frase que li outro dia no FB “Não peço nada a Deus, só quero que Ele não me tire nada”. Portanto meninas, cuidem bem dos seus joelhos! Ainda dá tempo de encontrar um exercício para chamar de “seu”.


Na foto: Tênis Mizuno Wave Creation (para corridas)

Para inspirar:
Trecho do filme “Do que as mulheres gostam”
http://www.youtube.com/watch?v=QyO6ayCb5rE

Dicas para começar a correr:


           

terça-feira, 24 de maio de 2011

Eu e ele



         Apesar do meu marido ser meu vizinho, eu nunca tinha esbarrado com ele. Foi preciso fazer uma festa, convidar um amigo de longa data e este comentar que o primo morava no mesmo prédio que o meu, para que eu pudesse conhecê-lo.

            A festa rendeu um convite para um show do Ed Motta no Ballroom (!). Resolvi me arrumar na casa da minha avó, que sugeriu que eu fizesse algo “diferente” no cabelo .“Faz papelote, minha filha. Vai ficar linda”. Ela não lembrava se a maneira correta de enrolar as tiras de jornal no meu cabelo era para dentro ou para fora. Na dúvida (tenho quase certeza),ela tentou os dois!

            Mas se eu ainda não tinha esbarrado com o meu vizinho-pretendente no prédio, teria uma oportunidade melhor do que encontrá-lo na portaria com o cabelo lotado de jornal?! Quando ele me viu, perguntou assim: “Pri, o que é isso no seu cabelo?”. Sem dar muita atenção, respondi. “É papelote”. Ele teve tempo de desistir de mim. Era só ligar e inventar alguma estória envolvendo uma “emergência médica”. Quando tirei os papelotes, metade do meu cabelo estava para dentro e a outra, para fora. Uma coisa linda de se ver! Mas como o telefone não tocou, resolvi descer e tivemos uma noite maravilhosa.

            Lembrei dessa estória, porque na semana passada meu cabelo declarou guerra e ficou numa rebeldia só. Não restou outra solução, a não ser apelar para o meu querido Paulo César e sua mágica escova London. Ficou uma lindeza! Macio, brilhoso e obediente! Você pede, e ele fica do jeitinho que você quer! O mundo era o limite pra mim, até ouvir a seguinte declaração do meu marido: “Ai Pri, o que você fez no cabelo? Eu gosto tanto dele... ARMADÃO!!



Foto: Amigo dos cabelos, seu nome é Moroccanoil!

Para saber mais sobre o Moroccanoil:
http://vogue.globo.com/beleza/finalmente-moroccanoil-chega-ao-brasil/

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Uma caixa de surpresas




          Pode ser só uma impressão. Ou até má vontade minha. Mas esta tendência de ter vendedores masculinos em lojas femininas, eu ainda não curti! Comigo aconteceu na Animale. O rapaz (bonitinho) de jeans e camisa preta aproximou-se de mim e falou “oi”. Respondi e ele continuou ao meu lado. Logo pensei “De onde eu conheço esse menino?”.

             Aí veio a pergunta clássica “Você está procurando alguma coisa em especial?” Foi então que caiu a ficha. Ele era “o” vendedor! Como já tenho um relacionamento sério, filha, gatos, coisa e tal, falei que só queria um vestidinho mesmo. Experimentei e não gostei. Nem o dei a chance de falar que tinha ficado ótimo em mim.

            Minha surpresa foi ainda maior na Farm, que contratou homens para a função de caixa! Quando entreguei o meu cartão de crédito ao rapaz, fiquei esperando um sermão do tipo: ”Para que outro vestido Priscilla?! Você ainda nem usou aquele longo estampado!” Mas ele não falou nadinha!! Foi uma  pena! Eu já estava com um discurso pronto para defender minhas novas aquisições.

          Mas em se tratando de surpresas, a que mais gostei foi a Glossybox (/www.glossybox.com.br/).  Funciona assim: você paga 34 reais mensais (+4 reais de frete) e recebe mensalmente , no conforto do seu lar,  uma caixa com amostras de perfumes, cremes e maquiagem de marcas como Bourjois, Clinique e Clavin Klein. Minha dica é assinar, e torcer para que a caixa chegue naquele dia em que estamos “bem mais ou menos”. Receber um presente destes, e ainda pelo correio, deixa qualquer TPM no chinelo! 
           
Foto: A inconfundível caixa de presente da Tiffany & Co.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Mulher de turnos


A explicação deve ser esta.  Duas mulheres totalmente diferentes  habitam o meu corpo. E elas funcionam em  turnos. A da parte da manhã, por exemplo, acordou às  5 e 40, foi a academia, emendou em um curso e ainda teve tempo de ir a fisioterapia. A do turno da noite, coitadinha, já chegou cansada para render o “plantão”.
O problema é que a da manhã ligou para o meu (nosso) marido e marcou de fazer “alguma coisa” a NOITE!!  Ele está todo animado, achando que vai encontrar com aquela mulher que madrugou e foi cheia de gás para a academia! Na dúvida, coloquei uma meia calça com um brilho bem discreto. Uma graça. Vou tentar, né? Brilho sempre causa a impressão que a pessoa está num pique só.
O esquema dos turnos só não funciona com os filhos, porque eles nascem com a pulseirinha vip. Aquela que dá direito a ter acesso a mãe 24 horas.  Valentina já tem  outra explicação para o que foi dito. “Mamãe, você não é uma pessoa, né?”. “É lógico que sou uma pessoa, filha”, contestei surpresa.  “Não, você  é  mãe!”,  explicou ela. Encarei como um elogio! Afinal, eu tinha outra escolha?!
Desejo uma sexta com direito a todos os turnos para vocês !


quinta-feira, 19 de maio de 2011

Coisas que desejo

           

        Eu posso até não ser a pessoa mais desajeitada que Deus pôs neste mundo, mas com certeza  estou no top 5! É impressionante a quantidade de vezes que me machuco, bato nas coisas e tropeço em quase tudo. Quando meus pais me fizeram, com certeza não pagaram pelo adicional “coordenação motora”. Então eu nasci sem!

            Um dia fui visitar a minha avó. Consegui uma vaga para estacionar o carro em frente ao prédio dela. Mas o chato do “flanelinha” insistia que eu ainda poderia “desfazer mais o jogo” e me aproximar do meio-fio. Olha, eu não gosto de receber instruções de flanelinha! Resolvi colocar a cabeça para fora do carro e ver se realmente eu estava ”tão longe” do meio-fio assim.

            O problema é que o meu carro não tinha vidro elétrico e eu sempre me confundia, no momento de subir e descer os vidros. Então aconteceu. Eu coloquei o rosto para fora e ao invés de abrir, fechei o vidro do carro e prendi o meu rosto! O “flanelinha” ficou horrorizado com  aquela situação! No desespero, ele gritava “solta, solta”. Abri o vidro calmamente, libertei meu rosto e saí na maior elegância (homem se desespera à toa!) do carro.

            O último acidente foi doméstico. Adotamos um gato que, desde que chegou lá em casa, não quer sair debaixo da minha cama. Eu poderia deixá-lo quieto lá, né? O coitado está se adaptando! Mas eu cismei que queria tirá-lo de lá. Quando fui puxar o Júnior, me deparei com o skate do meu marido. O piso antiderrapante daquela coisa com rodas machucou meus dois dedos. Justo o que uso a minha aliança! Desde então, estou usando dois band-aids. E o pior, fiquei “refém” da minha aliança! Ela simplesmente não consegue mais sair do dedo, que inchou.
  
          Nada disso teria acontecido se o skate não estivesse debaixo da cama. Então logo achei um culpado: o dono do skate. Do quarto mesmo, já comecei o “julgamento”. “Brincadeira, hein Fred? Você deixou seu skate embaixo da cama?!” Ele ainda tentou se defender. “Mas Pri, debaixo da cama  não atrapalha ninguém!”
           
                Homem tem sempre uma resposta na ponta da língua, mas eu sou rápida! “Pois é. O problema é que o Junior está embaixo da cama”. Aí ele quase me pegou. “E daí, Pri?” Pensei rápida e mostrei que estava cheia de razão. “E daí.. e daí que ele vai ficar lá embaixo? Você trouxe o gato para viver debaixo da nossa cama? (nossa, mandei muito bem!). Ele ficou “de pensar” em um lugar melhor para o skate morar. Na dúvida, achei melhor o Junior ficar lá embaixo. Quando quiser, ele que saia sozinho!

            Olha que linda a nova coleção de esmaltes da Essie, que foi inspirada no BRASIL! Quando eu me livrar destes band-aids horrorosos, vou adquirir alguns! Pena que só vende nos EUA. Mas tem sempre uma amiga caridosa indo para lá. Como eu!!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Mulher pode ligar para homem?


   Eu estava voltando do almoço, quando ouvi uma mulher fazendo esta pergunta para a outra. Imediatamente lembrei de quando eu comecei a namorar o meu marido. Trocamos telefones, mas eu ainda não tinha ligado. Estávamos naquela fase de “nos conhecer melhor” e decidi ficar na minha. Mas aí um dia, me deu vontade de ligar. Do outro lado da linha, atendeu uma MULHER. Podia ser a mãe dele, né? Mas voz de mãe é diferente. Então perguntei se poderia falar com o Fred e ela me falou que aquele não era o celular dele.

            É lógico que pensei que ele tinha me dado o número errado! Insisti mais uma vez e a mesma menina atendeu. Não é que ela era simpática? E ainda sugeriu desligar o telefone! Realmente não era aquele número. Achei que deveria “riscá-lo" da minha vida (ô TPM bombando!), mas não é que ele me ligou? E aí que desfizemos o mal entendido.

            Mas eu também já liguei para alguns que nunca me retornaram ou quando fizeram, já era tarde demais. Eu tive um “affair” (a palavra é até bonita, em se tratando de quem é) que foi um dos homens mais sem sal, feio e bobo que já conheci. Eu deveria estar numa fase de carência mega aguda. O fato é que eu me interessei por esta “criatura”.

            Há alguns anos, eu estava na estação do metrô e o vi dentro do vagão. Ele ficou todo feliz! A porta já estava fechada e quando ele me viu, fez sinal para eu ligar para ele. Sabe o que eu fiz? Uma coisa que nunca tinha feito antes; nem quando era criança. Dei uma banana pra ele!! E saí rindo. Aliás, rindo não; gargalhando pela Estação Botafogo.

            Outro dia ouvi uma frase que adorei, serve para várias ocasiões e gostaria de compartilhar com vocês: “ Não é porque você sabe o que vai comer, que não pode dar uma olhadinha no cardápio”.  Tem coisas que a gente até gosta de ter, como um plano de saúde maravilhoso, e não precisar usar. Este também  é o caso do livro “Canalha, substantivo feminino”, da Martha Mendonça. Leitura obrigatória para todas as mulheres.
           
           

sábado, 14 de maio de 2011

A irmã da minha filha


Era uma manhã de sábado que prometia ser bem tranquila. Eu estava quase terminando de ler o Caderno Ela, quando Valentina perguntou: “Mamãe, como é mesmo o nome daquela menina que foi na Lagoa comigo”? Eu não fazia a mínima ideia!  “Que menina, filha? Aquela mamãe”. No que eu respondi: “Filha, a mamãe não sabe quem é não, tá?”. E continuei a ler meu jornalzinho.
Mas ela não ficou satisfeita. E revelou. “Mamãe, o papai falou que aquela menina é minha irmã”. Sabe aquela sensação que você tem quando tem CERTEZA que vai ser assaltada? Pois é. Eu senti o mesmo. Aí, foi a MINHA vez de perguntar. “Que menina é essa, Valentina?! Como é o nome dessa menina”? Mas ela não sabia de nada, tadinha. Aliás, era ela quem estava me perguntando!
Acredito que uma das minhas qualidades é NÃO entrar em pânico, nas horas de pânico. Quando Valentina tinha mais ou menos 1 ano e meio de idade, caiu do carrinho. Minha avó estava com ela e ligou desesperada para o meu trabalho. Pausadamente, eu a instruí “a carteirinha da Amil está na segunda gaveta, ao lado do armário. Leve-a agora para o hospital e nos encontramos lá”. A suspeita era de que ela tinha aberto o céu da boca. Graças a Deus, não foi nada demais. Eu ainda não tinha derramado uma única lágrima. Passado o susto e com ela já dormindo, fui tomar um banho. E chorei de soluçar!
Caso meu marido tenha mesmo uma filha FORA do NOSSO casamento, pensei, não vou fazer escândalo algum (porque não sou mulher disso!). Primeiro vou me encher de jóias. Até pedras, que não gosto, vou comprar!! Que se dane que o furo da minha orelha está quase rasgando. Eu vou comprar um brinco que pareça um meteoro. Depois, vou atacar as bolsas! Lançarei moda e usarei uma em cada braço. Coisa fina e CARA, of course.
            As coisas só pioravam para o meu lado. Valentina lembrou que a “mamãe da menina também estava na Lagoa”. Aí não vou esconder. Eu já estava “começando” a ficar com uma  “pontinha” de ódio dele, quando minha filha falou. “Mamãe, eu lembrei o nome da menina”. Eu parecia a católica mais fervorosa do mundo esperando pela revelação dos segredos de Nossa Senhora. “É a Alice, mamãe”.
            Eu até pensei em colocá-la de castigo, porque ela quase me matou do coração. Alice é a filha de uma amiga, que realmente foi na Lagoa conosco. A parte de “ser irmã dela” foi brincadeirinha. Tão criativa essa minha filha!  Esta semana ela ficou na varanda gritando, “Eu não sei quem é meu pai”. Pode até ser impressão minha, mas quando o vizinho do lado me encontrou, olhou diferente pra mim!
Ps: Ontem, levei outro susto. Desta vez, um "pouquinho" melhor. Minha prima me mandou o seguinte email: “Pri, depois dá uma olhada no meu FB. Wagner Moura me adicionou”. Mas era só um homônimo!! Minha vida, realmente, é cheia de emoções!